O ex-presidente Jair Bolsonaro completa neste domingo (20) uma semana de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital DF Star, em Brasília. Segundo boletim médico divulgado hoje, o político apresenta “pressão arterial controlada” e uma “boa evolução clínica”, embora ainda não haja previsão de alta hospitalar.
A internação teve início no último domingo (13), quando Bolsonaro passou por uma cirurgia complexa de 12 horas para tratar uma suboclusão intestinal. A condição, caracterizada por uma obstrução parcial no intestino delgado, foi causada por aderências decorrentes de cirurgias anteriores — todas relacionadas ao atentado à faca que sofreu em 2018.
Cirurgia delicada e recuperação lenta
A equipe médica considerou o procedimento um dos mais desafiadores já realizados no ex-presidente. De acordo com o cardiologista Leandro Echenique, que integra a equipe médica, essa foi a sétima cirurgia enfrentada por Bolsonaro desde o ataque, e uma das mais complexas devido ao nível de aderências e à necessidade de reconstrução da parede abdominal.
Durante a cirurgia, os médicos identificaram uma dobra no intestino delgado, o que dificultava o trânsito intestinal. Os médicos corrigiram a obstrução ao liberarem as aderências, mas a recuperação ainda exige cuidados intensivos.
Situação clínica e rotina na UTI
No sábado (19), os médicos relataram um episódio de alteração na pressão arterial e controlaram rapidamente a situação Atualmente, o ex-presidente permanece em jejum oral e recebe nutrição parenteral exclusiva, via sonda. Ele também realiza fisioterapia motora diária como parte do processo de reabilitação.
Apesar de estar isolado e sem receber visitas, Bolsonaro tem compartilhado atualizações em suas redes sociais. Neste domingo, publicou uma imagem em que aparece sem as bandagens no tórax, exibindo a cicatriz da cirurgia. Na legenda, escreveu: “Hoje pela manhã retiraram o curativo na área dos pontos centrais para limpeza e averiguação da situação, além de dreno na lateral esquerda de meu abdômen.”
Caminhadas e apoio familiar
Ao longo da semana, Bolsonaro apareceu em vídeos caminhando com o auxílio de um andador, sempre acompanhado por membros da equipe médica. Em outro momento, surgiu ao lado da esposa, Michelle Bolsonaro, durante uma caminhada pelos corredores do hospital.
Em reumo, a equipe médica adota uma postura cautelosa diante da evolução do quadro e só autorizará a alta quando o paciente apresentar estabilidade clínica plena e responder positivamente aos tratamentos de reabilitação.
